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Foto do escritorLipie Souza

Com qual velocidade e como se dará as transformações e adoções de LLMs/GPTs no contexto brasileiro?

LLMs são modelos de linguagem grandes como o GPT do inglês "Generative Pre-trained Models" que descreve como essas tecnologias são construídas. Historicamente, o Brasil sempre esteve avante na adoção de tecnologias de computação, só não é líder por conta das dívidas econômicas e educacionais que resistem em serem sanadas por nosso povo. A Sociedade Brasileira de Computação foi fundada em 1978 e o Brasil sempre facilitou a adoção de computadores e a própria internet, com leis de incentivo fiscal, e grupos de estudo proeminentes em um ambiente acadêmico criativo. Contudo, as dificuldades econômicas sempre foram entraves para o Brasil ser um líder em adoção e construção de tecnologias da informação.


O cenário agora é bem diferente, a sociedade brasileira já conta com acesso massivo a PCs, celulares e a internet, e as tecnologias que estão por vir irão adentrar muito rapidamente as nossas vidas. Isso nos implica em pensar como aplicá-las da melhor forma, aproveitando para quem sabe, corrigir distorções sociais e provendo um ambiente de criação tecnológica mais democrático. Estes modelos, que estão sendo construídos por empresas americanas, custam barato do ponto de vista financeiro e já podem ser acessados por qualquer um no Brasil em um “roll-out” sem precedentes na nossa história. Aqui listo como acredito que deverão ser as ondas de adoção dessa tecnologia e quais são as implicações financeiras e éticas para cada uma delas. Fase 1: Ferramental


Esta onda deverá ajudar os pequenos negócios e a otimização das grandes corporações e já começou a todo vapor. São as ferramentas que estão sendo lançadas para propósitos isolados: Geração de imagens, análise textual, geração de protótipos e por aí vai. Juntas elas irão fazer com que um profissional ganhe mais produtividade e consiga fazer o trabalho que antes exigia três ou quatro pessoas. No meu website você encontra um link para o Ecossistema de ferramentas que já estão algumas delas próximas ao “estado da arte” em seu campo: https://www.alqantara.com.br/iagenerativa.

Nesta fase os pontos chaves são ganhos de produtividade isolados que conjuntamente trarão mais poder para profissionais criativos e desenvolvimento de código e produto possam ser mais criativos reduzindo o trabalho cognitivo repetitivo. Fase 2: Conversação “everywhere”


Todos estão cansados de digitar e receber respostas robóticas nas N aplicações que consumimos diariamente, certo? Se não estiver cansado, alguma coisa errada está! Bom, LLM do inglês significa “Grande modelo de linguagem”, essas coisas serão intermediárias em nossas vidas pois elas sabem conversar em linguagem de máquina e linguagem simbólica “humana”. Isto quer dizer que passaremos a conversar em linguagem natural com a vastidão de dados perdidos em grandes bases e dashboards da vida, nossos clientes conversarem diretamente com nossas aplicações, além disso daremos instruções em portugês e essa "coisa" irá executar por nós todos estes comandos computacionais. Aqui está o grande pulo do gato, essa onda irá ajudar bastante a impulsionar a ciência, mas também as grandes corporações e entidades governamentais que produziram vastidões de dados que não geram absolutamente nada.


Esta tecnologia já está disponível em nuvens da Azure e Google Cloud, aqui o maior dilema ético será a dependência aos valores destas companhias.

Mas há alternativas mais caras, que exigem pesquisa e desenvolvimento que permitirão fazê-las “por conta própria”. Esta será a segunda fase pois exigirá grandes projetos de transformação e “mindset” das pessoas. Já está em curso, mas a adoção está mais concentrada em países ricos. Aqui está o exemplo de arquitetura. Link Externo.



Fase 3: Aplicações de IA “pura”


Esta eu acredito que seja a última fase e envolverá uma mudança inclusive na forma como “arquitetamos” nossos dados. Isto é, a IA passará a gerir essas estruturas por nós, quem sabe em grafos de relacionamento ao invés dos famosos bancos de dados relacionais. PS: Essa tecnologia também já está disponível nas maiores nuvens do mercado, contudo é uma abordagem que exige ainda mais desprendimento e coragem, pois aqui estamos abrindo mão do controle de como os nossos dados são geridos! Haja coração! Mas é o futuro, porque ficarmos nesse esforço cognitivo de controle das aplicações enquanto já existem tecnologias que farão isto por nós? Fica aí o ponto de interrogação.


Sigo otimista em relação a adoção de LLMs/GPTS, salvo os riscos, esta tecnologia pode impulsionar o acesso democrático ao “poder de construção de software” hoje restrito a grupos seletos. O brasileiro é um povo criativo e inovador, vai saber aproveitar disso da melhor forma. Precisamos incentivar o debate e pensarmos como iremos ditar as regras de uso no contexto empresarial e no contexto governamental. Afinal de contas, não há como “pausar” o progresso.

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